Quando um bebê nasce, são necessários alguns exames essenciais para detectar doenças que podem afetar o desenvolvimento do pequeno, ou até levar ao óbito. Já falamos aqui sobre o teste do pezinho, realizado entre o terceiro e sétimo dia de vida. Mas, outro exame muito importante é a oximetria de pulso, popularmente conhecida como teste do coraçãozinho.
Diferente do teste do pezinho, que pode ser realizado até dias após o nascimento, o teste do coraçãozinho deve ser realizado entre as primeiras 24 e 48 horas de vida, ainda antes da alta hospitalar. Cerca de 2 a cada 1000 nascidos vivos apresenta alguma cardiopatia congênita grave que, em sua maioria, precisam de intervenção e tratamento imediato. O teste do coraçãozinho procura identificar algumas dessas doenças do coração que podem representar perigos para o recém-nascido.
O que é o teste do coraçãozinho?
O teste do coraçãozinho é um exame não invasivo que pode ser realizado em apenas 5 minutinhos. É um teste extremamente simples, uma vez que exige apenas um oxímetro, aparelho utilizado para medir saturação.
Basicamente, o teste do coraçãozinho procura se há alguma diferença significativa na saturação das mãos e dos pezinhos do bebê. Caso os dois números estiverem muito diferentes, significa que o sangue que sai do coração não está chegando de forma adequada até os pezinhos e consequentemente não está oxigenando os tecidos direito. Essa diferença pode indicar alguma malformação do coraçãozinho.
Como é feito o teste?
O oxímetro emite uma fonte de luz que atravessa a pele e chega até um sensor capaz de medir os níveis de oxigênio no sangue. Para o teste do coraçãozinho é primeiro medida a saturação da mão direita do bebê e depois em algum dos pés. Só isso! É totalmente indolor para o bebê e demora apenas alguns minutos.

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Resultados esperados:
O esperado é que a saturação em ambos os locais seja maior do que 95%. A Diferença de um para o outro não deve ultrapassar 3%. Caso haja alterações, uma nova avaliação do coraçãozinho será realizada e o médico determinará a necessidade de um ecocardiograma.
Por que é importante fazer o teste do coraçãozinho?
Lembra lá atrás quando dissemos que 2 a cada 1000 recém-nascidos vivos têm alguma cardiopatia grave? Em 2011 foi registrado que cerca de 30% desses bebês acabou recebendo alta hospitalar sem diagnóstico e, já em casa, evoluiu para alguma complicação que pôde ou não levar ao óbito. Algumas das cardiopatias congênitas são tão graves que suas complicações podem evoluir para morte em apenas algumas horas. Por esse motivo, identificar alterações do coraçãozinho é tão importante e deve ser feito ainda no ambiente hospitalar. Para que, caso haja necessidade de alguma intervenção, essa já possa ser realizada o mais rápido possível.

O teste do coraçãozinho é capaz de diagnosticar todas as cardiopatias congênitas?
O teste do coraçãozinho não é capaz de identificar toda ou qualquer alteração cardíaca. É eficaz para identificar alterações críticas decorrentes de cardiopatias mais graves que necessitam de intervenções imediatas. O seu pediatra irá avaliar se há suspeita ou necessidade de realizar outros exames relacionados ao coraçãozinho do seu bebê.